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Desde o susto provocado pela crise de 2008, as empresas vêm se mobilizando para, mais do que nunca, serem mais assertivas nas contratações e nas políticas de reconhecimento e retenção de seus talentos. Dentro dessa perspectiva, os diferenciais comportamentais tem sido o grande norteador de ações. Algumas características que são comuns a Geração Y acabam tornando esse profissional um alvo. Porém, outras características também comuns a esse indivíduo acabam por boicotá-lo.

Dentre elas podemos reconhecer positivamente sua capacidade de sonhar e de acreditar em seus sonhos. Esse é o combustível que o impulsiona a buscar desafios e a superar os obstáculos que encontra. Um dificultador para esse profissional é a forma de posicionar-se diante de algumas situações, muitas vezes precipitadas, impulsivas e pouco amadurecidas.

Se juntássemos a capacidade de sonhar e de traçar estratégias assertivas e acertadas para buscar esse sonho, teríamos o profissional desejado pelo mercado. Alguém que crê e é capaz de mobilizar os esforços necessários para ir atrás de seus sonhos. Vale destacar que dentre essas tentativas tem todo o desenvolvimento técnico que deverá acontecer.

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Imagem: freepik

Há uma nova geração atuando no mercado de trabalho. Ela é composta por jovens nascidos entre 1980 e 2001:

Essa geração se destaca pela sua performance que é estimulada desde o início de suas vidas a pensar de maneira competitiva. Ela também incentivada a desenvolver recursos internos para lidar com as adversidades e a entender desde muito cedo que não basta querer, é preciso “fazer acontecer”.

Sendo assim, pais preocupados com o “futuro” de seus filhos passam a se empenhar a fim de identificar as necessidades individuais (dificuldades ou limitações). Após perceberem essa carência, os responsáveis investem para dar o suporte que esses precisam, seja tecnicamente falando ou mesmo emocionalmente.

Outro destaque dessa geração é a facilidade de acesso à informação. Sem dúvida nenhuma o conhecimento nunca esteve tão acessível a todos. Um acesso à internet te conecta em segundos com o mundo e todos os assuntos podem ter com a mesma rapidez, milhões de respostas. Dessa forma, cada vez menos perguntas ficam sem respostas e pessoas tem oportunidade de direcionar pesquisas não só atendendo a demandas escolares, mas principalmente aos seus interesses pessoais, sem grande investimento, apenas conectando-se a internet…

Para quem contrata: como entender, lidar com ela

Para quem contrata é preciso entender essa mudança de perfil. São jovens que pensam com qualidade e na maior parte das vezes não se contentarão em apenas executar. Para uma “entrega final” do que se espera desse profissional é preciso que o mesmo consiga criar uma conexão interna entre o fazer e o motivo de fazer.

Muitas vezes é possível falar sobre os porquês, mas eventualmente não o é. Cabe a quem faz a gestão desse colaborador elucidar sempre os limites, para que haja um entendimento inclusive do que não pode ser dito. Essa geração cultua o diálogo franco e ao perceber que não existe poderá posicionar-se na defensiva e o efeito provocado pode ser prejudicial a todos os envolvidos.

Para quem é dessa geração: como se preparar, ser menos individualista

Esta geração é menos resistente a mudanças. Essa característica, na maior parte das vezes, é um trunfo, permitindo que se reposicione diante de tentativas mal sucedidas de algum projeto ou ação, eventualmente poderá torná-lo volúvel demais.

Por volúvel visualizamos aqui uma tendência a pensar mais em si do que no conjunto e muitas vezes por esse pensamento, não considerar aspectos importantes que poderiam potencializar outros resultados. Cabe aqui uma grande dica e talvez o maior desafio desta geração:

Utilize todo o preparo que recebeu desde a infância a seu favor. Isto significa dizer que terá que analisar resultados de uma maneira maior, mais integrada com o ambiente e as pessoas com as quais se relaciona. Quanto mais antenado você estiver ao grau de alinhamento que você esta em relação a tudo que esta a sua volta (administrando em tempo as situações criticas e preocupantes), melhores e mais consistentes serão os seus resultados.

Têm uma confiança elevada nas próprias competências e costumam se irritar quando o empregador não partilha dessa avaliação. Acham que têm condições de se tornar CEO de um dia para o outro. Esses jovens começam agora a ocupar as vagas deixadas pelos baby boomers – como são conhecidos os nascidos entre a Segunda Guerra e 1960 –, que estão se aposentando.

As crenças que eles possuem se fundamentam em relação ao que podem se tornar no futuro. O grande problema é o tempo até a chegada nesse futuro. Se por um lado é claro que eles possuem um preparo maior, foram devidamente estimulados em relação ao que o mercado espera. Isso porque, pelo próprio estágio do desenvolvimento que ainda estão, muitas vezes não conseguem entender que alguns aspectos, apenas o tempo é capaz de fornecer, a medida que se vivencia situações que irão levar a reflexões e mudanças de atitude. O tempo deve ser visto como um aliado importante e deve-se saber esperar por ele.

Na minha percepção não existe regra para esse amadurecimento. Encontro profissionais maduros aos 25, 30 anos ou imaturos aos 40, 50 anos.

Ouso a dizer que a segurança que os mesmos possuem é a base do perfil dessa geração e devemos muito aos pais que desde cedo investem em sua saúde física, mental e espiritual.

Texto: Martha Zouain, Psicóloga e Diretora da Psico Store

Imagem: freepik

No post de hoje mostraremos uma pesquisa que mostra o que as empresas levam em conta na hora de contratar jovens talentos.

O estudo da Cia de Talentos diz:

  • Orientação para resultado;
  • Comunicação;
  • Construção de relacionamento;
  • Trabalho em equipe;
  • Orientação para cliente.

As empresas anseiam por jovens talentos. Mas, atenção jovens, elas não estão apenas interessadas em competências técnicas que você possa possuir, fruto de uma formação ampla e de sua conexão com elementos importantes para o sucesso. São elas: domínio de idiomas, domínio de tecnologias, visão globalizada… Enfim, elas querem mais.

Empresas competitivas sabem que jovens talentos são profissionais que, apesar de ainda terem pouca experiência, sabem que precisam se desenvolver comportamentalmente para se adequar às exigências de um mercado cada vez mais globalizado. De maneira muito clara e transparente, as empresas discursam sobre resultados e cobram dos colaboradores inseridos nesses negócios, que sejam capazes de dar estes resultados, de maneira sustentável.

Para tal, esses profissionais deverão estar atentos a dinâmica de suas relações interpessoais, seja com pares, superiores, subordinados, fornecedores, clientes, enfim, eles precisam ter a capacidade de construir alianças em suas relações. Elas potencializarão as chances de sucesso no que vier a empreender. Além disso, necessitam estar atentos à todas as mudanças de cenário e se adaptar oportunamente a cada uma delas.

Essa capacidade de adaptação no mercado chama de resiliência. Nunca se falou tanto sobre colaboradores resilientes como agora. Embora o jovem, estatisticamente evidencie ser mais aberto ao novo, também estatisticamente falando possui um índice de tolerância a frustração menor e é exatamente aí que mora a ameaça.

Podemos dizer que as empresas buscam maturidade apesar da pouca idade e experiência. É possível cobrar isso do jovem estimulando-o a adotar posturas mais reflexivas, menos impulsivas. Estimulando-os a pensar antes de agir, a olhar as situações de maneira mais macro e menos micro, muitas vezes estimulando a sua tolerância àquelas situações que discorda ou desaprova.

A grande dica que eu daria aos jovens em busca de seu “lugar ao sol” seria: utilize todo o preparo que recebeu desde a infância a seu favor. Isso significa dizer que terá que analisar resultados de uma maneira maior, mais integrada com o ambiente e as pessoas com as quais se relaciona.

Quanto mais antenado você estiver ao grau de alinhamento que você essa em relação a tudo que esta a sua volta (administrando em tempo as situações criticas e preocupantes), melhores e mais consistentes serão os seus resultados.

Texto: Martha Zouain
Psicóloga e Diretora da Psico Store

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