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Atualmente, os programas de remuneração das empresas estão focados no desempenho financeiro do funcionário. Uma pesquisa da Hay Group apontou que  57% das companhias afirmam que no futuro as firmas avaliarão a performance do engajamento do colaborador. Os dados obtidos após o estudo feito em  763 organizações em 66 países mostram que as empresas não querem mais dar aumento só porque o funcionário bateu determinada meta. Criatividade, inovação e engajamento do colaborador terão mais peso do que antes.

A forma de recompensar o funcionário também mudou. Essas bonificações atualmente não vem somente através de aumentos salariais. Isso porque, aparecem também em oportunidades de carreira e desenvolvimento (60% maior foco), melhor clima de trabalho (53% maior foco) e reconhecimentos não financeiros (52% maior foco).

A crise trouxe várias reflexões importantes às empresas. Uma delas é como conseguir “ter mais com menos”. Esse conceito se aplica a vários aspectos que envolvem o negócio. Ter mais resultados com menos investimento, significa ter um novo olhar para as mesmas coisas e identificar “gargalos” que dificultam resultados melhores ou que possam ter perdas a serem evitadas.

Uma boa parte das empresas já despertou para a necessidade de olhar para as pessoas e não para os cargos. Nesse sentido, começam a investir em programas de remuneração onde as diferenças individuais de seus colaboradores são consideradas o elemento determinante ao pensar e projetar sua remuneração. Esse programa é denominado “Remuneração por Competências e Habilidades”.

O grande ganho desse formato de remuneração se dá quando o funcionário e a empresa entendem que a relação Ganha x Ganha fica estabelecida. Dessa forma, quem dá mais ganha mais e inspira aos demais para que busque se desenvolver tanto comportamental quanto tecnicamente para obter melhores resultados de seu empregador também.

Sim. Algumas companhias pensam e não agem, eternizam o pensar e o tempo vai passando e muitas das competências que passam por sua empresa não ficam, vão para o mercado. Outras já mais atentas ao “timing” do mercado entendem que quanto antes essas mudanças acontecem, antes se colhe os resultados. O que constatamos na prática é que cada vez mais as empresas estão reflexivas sobre essa questão. De fato, nenhum negócio se importa em pagar mais, se receber mais. Da mesma forma, funcionários que ganham por seu desempenho vão cuidar para que ela seja cada vez melhor.

A tendência que o mercado dita é que é necessário enxergar (de maneira mais ampla) seus colaboradores. É preciso que empresas saibam em quem vale a pena investir e no que investir. Também, mais do que nunca, é urgente que os funcionários saibam o que se espera dele, para que sua “entrega” seja coerente. É muito comum encontrarmos funcionários que se orgulham em dizer que trabalham de 12 horas a 14 horas por dia, quando na verdade há uma grande dispersão de esforços nesse tempo total. É possível fazer “mais com menos” e esse deve ser o desafio de todo e qualquer funcionário, não importa a área que atue. A condição? Foco!

Modelo tradicional de remuneração

Nesse modelo você remunera o cargo e não a pessoa. Assim, temos cargos com um salário equivalente a ele, independente de quem o ocupa. Minha percepção em anos de trabalho é que com o tempo, este modelo traz desmotivação para os funcionários que realmente valem a pena e, isto se dá quando ele constata que se der 10 ou 1000, vai receber absolutamente a mesma coisa e, pior, percebe também, que o colega ao lado, que contratado para o mesmo cargo, dá apenas 1 para a empresa e recebe exatamente igual a ele que oferece 1000. Com o tempo, a tendência é que esse funcionário também ofereça menos para a empresa.

Remuneração por competências e habilidades

Nesse tipo você remunera a pessoa e não o cargo. Através de ferramentas de gestão de desempenho (avaliação de atitudes, avaliação de competências, avaliação 360°, dentre outras…), conseguimos conhecer melhor o que cada um possui e o que cada um precisa para uma performance superior.

Com essa visão, conseguimos gerar indicadores que trazem interessantes indicadores de resultados que impactam significativamente para:

  • Administração das competências;
  • Redução expressiva do número de cargos;
  • Diminuição da folha nominal salarial em médio prazo;
  • Diferenciação salarial dos ocupantes de mesmos cargos;
  • Mensuração quantitativa com seus salários acima/abaixo de suas competências;
  • Possibilidade de integração entre recrutamento e seleção e os processos de desenvolvimento e treinamento da equipe.

Entender as necessidades de seus funcionários também é um grande desafio do empregador atual. É preciso que ele desperte para a necessidade de um constante benchmarking sobre o que o mercado e os concorrentes estão oferecendo, tanto de remuneração fixa, variável, quanto benefícios. Cada vez mais a fórmula abaixo é internalizada por profissionais do mercado:

Remuneração Fixa + Remuneração Variável + Participação nos Resultados + Benefícios = EMPRESA QUE VALE A PENA!

O equilíbrio na composição desta fórmula irá tornar a companhia mais ou menos atrativa para o mercado. Também pensamos com a mesma lógica em relação aos profissionais que estão no mercado:

Competências Técnicas + Competências Comportamentais + Atitudes Relevantes = FUNCIONÁRIO QUE VALE A PENA INVESTIR!

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Imagem: freepik

A forte competitividade nesse mercado cada vez mais globalizado, desperta nas empresas a necessidade de olhar para competências que até então eram vistas como secundárias. Chamamos de “criatividade” a capacidade de produzir novas ideias, pensar, fazer algo inédito, propor alternativas antes não pensadas. Essa habilidade é cada vez mais cobiçada como competência para os profissionais que estão sendo contratados.

Entendendo que ser criativo é algo que pode ser estimulado, algumas empresas, bastante perspicazes, vêm desafiando seus profissionais a pensar fora do quadrado e inovar. Nesse sentido, algumas não têm poupado premiações, sempre alinhadas ao tamanho da contribuição.

Outro ponto importante é ter claro que o pensamento criativo necessita de ambiente favorável para tal. Não se consegue criar, ou mesmo criar com qualidade em um ambiente hostil ou rígido, onde as normas são tratadas como o único caminho a seguir. O profissional necessita visualizar um ambiente que valorize essas contribuições e que o estimule a pensar diferente.

Estudos recentes já sinalizam o quanto profissionais e empresas de sucesso mantém um intenso processo criativo. Esses, além de grande conhecimento técnico, tem uma grande capacidade de realização, são corajosos, admiráveis e surpreendem não só ao mercado como a si mesmos!

Dicas para quem quer estimular a criatividade

  1. Decida ser criativo;
  2. Não se atenha à primeira resposta óbvia. Busque alternativas sempre;
  3. Registre todas as suas ideias e as analise minuciosamente;
  4. Utilize o pensamento divergente e haja com flexibilidade;
  5. Seja ousado (risco calculado), não aventureiro (despreparado para os riscos);
  6. Não tema ser/fazer diferente;
  7. Seja bem humorado. O mau humor inibe diretamente o processo criativo;
  8. Estimule uma visão positiva do mundo;
  9. Seja persistente;
  10. Desafie normas e suposições com critério e bom senso.

O que as empresas tem feito

  1. Bônus em dinheiro: o valor varia de empresa para empresa, chegando a até 1 salário a mais se a ideia for de fato contributiva para a organização;
  2. Viagens com acompanhante da escolha do profissional;
  3. Aparelhos eletrônicos: Ipad, IPhone, Notebooks, MP3, MP4;
  4. Entradas para peças de teatro.

Fica claro para as empresas que as contribuições de fato melhoram processos ou performances. Além disso, elas ainda criam um ambiente extremamente favorável, otimizando a produtividade e o entusiasmo. Para as boas ideias, o maior benefício não está só no retorno financeiro, mas no surgimento de um clima mais harmonioso, cooperativo, com clara vontade de ir além e alegria.

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