A definição clássica de competência (conhecimento, habilidade e atitude), evidencia o papel do nosso modelo mental na arquitetura das nossas competências. O filósofo e psicólogo americano Willian James disse que a maior descoberta de sua geração foi a consciência da capacidade que nós possuímos para modificar o nosso modelo mental.
Para ampliar nossas competências, precisamos desenvolver nossos conhecimentos, nossas habilidades e atitudes; sendo que a evolução de cada um dos aspectos da tríade reflete sobre todos os outros. Como o pensamento é veículo do conhecimento, da utilização de nossas habilidades e de todas as nossas atitudes, o grande desafio humano consiste no fato de que, para ampliar nossas competências precisamos migrar para níveis superiores de consciência. Além disso, precisamos estabelecer novos e melhores modelos mentais!
Para compreender o tamanho do desafio, basta lembrar que Einstein dizia “É mais fácil dividir o átomo que mudar um conceito”. Imagine então, quando os conceitos que temos que mudar são os nossos! Aqueles que defendemos com tanta força como se fossem equivalentes à nossa própria autoimagem e à maneira como nos reconhecemos!
A coragem de “abandonar” quem somos para nos tornarmos quem queremos ser é fundamental para ampliarmos nossas competências. Muitas vezes essa ação é fruto da continuidade: profundando nossos conhecimentos, aprimorando nossas habilidades e intensificando nossas atitudes. Outras vezes, é resultado de uma ruptura – temos que abandonar o modelo anterior ao invés de construir sobre os seus alicerces…
Tudo o que construímos até hoje é “patrimônio” do nosso modelo mental atual. A coragem de romper com essa “herança”, abandonando quem fomos para nos tornarmos quem podemos ser é, por consequência, a maior de todas as competências!
Parte fundamental do trabalho de um coach consiste em auxiliar as pessoas a desenvolverem essa competência magna, da qual dependem todas as outras. Este é o fundamental ponto de intersecção entre coaching e mentoring.
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